Tratamentos da pele
A isotretinoína, utilizada para tratar a acne grave, a psoríase e outros distúrbios cutâneos, causa defeitos congênitos graves. Entre os mais importantes encontram-se os defeitos cardíacos, orelhas pequenas e a hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). O risco de defeitos congênitos é de aproximadamente 25%. O etretinato, uma outra droga utilizada no tratamento de distúrbios cutâneos, também causa defeitos congênitos no ser humano.
Como esta droga é armazenada na gordura subcutânea (localizada abaixo da pele) e é liberada lentamente, ela pode causar defeitos congênitos durante 6 meses ou mais após a mulher suspender o seu uso. Por essa razão, as mulheres que fazem uso desta droga são aconselhadas a aguardar pelo menos 1 anos antes de engravidar.
Meclizina
A meclizina, freqüentemente utilizada para combater o enjôo de viagem, a náusea e o vômito, causa defeitos congênitos em animais, mas esses mesmos efeitos não foram observados no ser humano.
Vacinas
Exceto em circunstâncias especiais, as vacinas produzidas a partir de vírus vivo não são administradas a mulheres que estão ou podem estar grávidas. A vacina contra a rubéola (uma vacina de vírus vivo) pode causar infecção tanto na placenta como no feto em desenvolvimento. As vacinas de vírus vivo (p.ex., sarampo, caxumba, pólio, varicela e febre amarela) e outras vacinas (p.ex., cólera, hepatites A e B, gripe, peste bubônica, raiva, tétano, difteria e febre tifóide) são administradas à gestante apenas quando ela apresenta um risco significativo de contrair uma infecção por um desses microrganismos.
Hipoglocemiantes orais
Os hipoglicemiantes orais são administrados para reduzir a concentração de açúcar (glicose) no sangue de indivíduos diabéticos. No entanto, eles freqüentemente não conseguem controlar o diabetes em mulheres grávidas e podem acarretar hipoglicemia (concentração baixa de açúcar no sangue) no recém-nascido. Por essa razão, a insulina é preferida para tratar o diabetes da mulher grávida.
Drogas Utilizadas Durante o Trabalho de Parto
Os anestésicos locais, os narcóticos e outros analgésicos geralmente atravessam a placenta e podem afetar o recém-nascido (p.ex., enfraquecendo o seu impulso para respirar). Por essa razão, quando é necessária a utilização de drogas durante o trabalho de parto, elas são administradas em doses mínimas efetivas e preferivelmente o mais tarde possível, o que diminui a probabilidade delas atingirem o feto antes do nascimento.